Jogo ganho, 2 a 0. Ou é placar perigoso? Para o Botafogo é. Que toma a virada. Leva três gols em seis minutos de um time que ainda não tinha feito gol no campeonato. Jogo perdido, 2 a 0 contra. Um jogador do time adversário é expulso. O time busca o empate, mas um jogador do seu time é expulso. O técnico improvisa um meia na lateral e esse meia atrasa uma bola, o goleiro refuga e sai atrasado. O time leva o gol. Mais uma derrota.
Próximo jogo contra o time considerado o que tem um dos melhores elencos do Brasil, difícil de ser batido em seus domínios. O Botafogo sofre o gol em mais uma falta de atenção da zaga. E quando tudo parecia perdido. Quando a gente pensava em desistir. O jogador o qual eu vinha criticando, que não vinha fazendo nada até aqui, diz a que veio e marca um golaço contra o seu ex-clube. Numa cobrança de escanteio, esse mesmo jogador “briga” com a bandeira de escanteio, enrola para fazer a cobrança e quando a faz coloca na cabeça de um jogador que parecia que iria sair depois de parecer ter se machucado sozinho num lance.
Antes do gol da virada e da vitória, o jogador que havia atrasado a bola no último jogo que resultou no gol da derrota, sofre um pênalti claro, que o juiz não marca. Detalhe que minutos antes, o mesmo juiz num lance parecido consultou o auxiliar da linha de fundo – pela primeira vez isso aconteceu e tinha de ser contra o Botafogo – para não marcar o pênalti, que realmente foi fora da área. O primeiro pois o segundo existiu.
Fim de jogo e vitória do time alvinegro, a segunda fora de casa. Com esses resultados o time recuperou-se das derrotas, a primeira em casa, quando tinha o jogo ganho e a segunda contra um time fraco fora, quando parecia que ia ganhar o jogo. Com mais a primeira vitória, também de virada, o time chega no primeiro quarto da tabela e dá a impressão que vai brigar por alguma coisa nesse campeonato. Esse é o Botafogo! Surpreendente como sempre. O time que tem feito os jogos mais emocionantes do campeonato. Do jeito que a gente gosta. Do jeito que a gente conhece.