segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Revoltante


O Botafogo empatou em 2 a 2 com o Corinthians neste domingo (23) no Engenhão e só não ganhou o jogo porque o juiz Sandro Meira Ricci deixou de marcar pelo menos dois pênaltis para o Botafogo e ainda deu um pênalti que não houve para o Corinthians, num lance em que o jogador do time paulista ainda estava impedido. 

Uma vergonha o que esse senhor fez hoje. Marcando faltas para o Botafogo no campo de ataque do Corinthians e deixando de dar vantagem em lances que poderiam resultar em contra-ataque do Botafogo, só para segurar o jogo para o Corinthians.

Estou revoltado com o que vi hoje. O Botafogo roubado descaradamente dentro de sua própria casa.

Ainda bem que temos o Seedorf.

Postado por Wesley Machado.

sábado, 22 de setembro de 2012

Com a volta Seedorf e no ritmo do reggae, Botafogo espera embalar



Por Wesley Machado

Tinha dito ontem (sexta-feira) que não sabia se o Seedorf iria para o jogo. Mas estava mal informado. Pois os jornais deste sábado já traziam a informação de que o surinamesco naturalizado holandês estava confirmado no time que vai enfrentar o Corinthians neste domingo (23), às 16 horas, no Engenhão. Antônio Carlos que não vai realmente para o jogo. E Renato, que treinou normalmente, está á disposição. Ainda sobre o Seedorf, os jornais trouxeram hoje também a informação de que o craque do Botafogo estava extrovertido no último treino em Saquarema e chegou a cantar uma música de Bob Marley. Num post após a vitória sobre o Cruzeiro, comentei aqui que o Fogão estava embalado no ritmo do reggae. Então vamos nessa. Apesar de eu já ter parado de fumar maconha há muito tempo, ainda curto o som da Jamaica, mesmo que agora com um certo pós-conceito causado pela hipocrisia da sociedade, que me faz moralmente me afastar de tudo que lembre a cannabis sativa. Esperamos nos sentir bem amanhã, sóbrios ou não, depois das 18. Ficamos com os versos traduzidos de "Positive Vibration":

"Você não pode viver de uma forma negativa (...) Então vamos dar espaço para o dia positivo!"

Veríssimo, Biriba e o Botafogo


O pequeno grande escritor Luís Fernando Veríssimo, que é colorado no sul e dizem botafoguense no Rio de Janeiro, nos blindou na edição de quinta-feira (13) do Jornal O Globo com mais uma bela crônica, mas esta especial em que aborda uma de suas grandes paixões, senão o maior amor, que é o jazz e fala de passagem sobre o nosso Botafogo, mais especificamente sobre o famoso cachorro mascote Biriba.

Vira casaca
Detalhe que Biriba é o nome do cachorro do meu pai, a quem eu dei o nome em homenagem ao "herói" do título carioca de 1948. Segue foto do bichano tão querido pela família Barbosa Machado e que chegou à nossa casa por intermédio do meu avô comunista e tricolor carioca, de uma boda de ouro e mais uma boda de prata de idade, que teve um infarto recentemente, mas já está melhor em casa, apesar de um pouco depressivo, segundo minha irmã, que era flamenguista até os 20 anos mas se rendeu aos encantos do time de Cuca de 2007.

Barato que sai caro

Mas voltando ao Veríssimo e ao jazz, perdi de ver um show dele em Porto Alegre, na Casa que leva o nome do pai dele, Érico Veríssimo, que era gremista. Preferi ver gratuitamente - o show do Veríssimo custaria 10 reais à época - o show do flamenguista Jorge Ben Jor, antigo Jorge Ben, em que um amigo me apresentou uma loira gaúcha, pela qual não me interessei pelo fato de estar pensando na minha então na namorada, que não foi comigo de ônibus (1 dia de viagem) para o Fórum Social Mundial, preferindo ir de avião e me deixando dormindo na barraca sozinho.

Bienal

Mas voltando ao Veríssimo e ao futebol, tive o privilégio de ter a presença -mesmo que rápida tipo visita de médico - do melhor cronista da contemporaneidade, que assim como os botafoguenses Arthur Dapieve e Arnaldo Bloch, de O Globo, nos deu o imenso prazer de evocar o glorioso nome de nosso time. Enfim, como diria minha mãe, o contato imediato de 1º grau  e verdadeiríssimo com o expoente maior de nossa literatura jornalística, se deu na 6ª Bienal do Livro de Campos, em 2010, na qual participei como mediador de uma mesa sobre a Copa de 2014.

Meu livro

Veríssimo deu uma passadinha ligeira no recinto onde eu estava, acompanhado do jornalista, também de O Globo, Maurício Fonseca, também botafoguense, que cobre a Seleção Brasileira, que por sinal, apesar das críticas - o choro dos flamenguistas que não tiveram nenhum jogador convocado é livre, ganhou e bem da Argentina, com dois jogadores do Botafogo na equipe titular. Agora sim prá terminar sem querer me prolongar mas prolongando, devo anunciar aqui - e termino - que na Bienal deste ano no Cepop vou lançar meu 1º livro próprio sobre o centenário do Campos Athletic Association. Por ora é só! Fui! Briguuuuú!

Escrito por Wesley Machado.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O torcedor, esse ser irracional



A torcida do Botafogo é considerada uma das mais cornetas do Brasil. Corneta quer dizer daquela torcida que pega no pé do time insistentemente. Vivemos reclamando da nossa zaga, do nosso ataque, do nosso técnico. Até bem pouco tempo, eu mesmo cobrei a demissão de Oswaldo de Oliveira aqui no blog.

Mas foi só o time conseguir três vitórias consecutivas, algo improvável desde que eu me conheço como botafoguense, para as críticas diminuírem e começarem a aparecer os elogios. De todas as partes. Afinal o Botafogo tem o ataque mais positivo do campeonato, com 38 gols, ao lado dos líderes Fluminense e Atletico-MG.

Justamente o ataque que vinha sendo tão contestado aparece agora como o “Há males que vêem para o bem” do Botafogo. Lamentamos muitos as saída de Loco e Herrera, principalmente; e as de Jóbson, Caio e Alex. Mas o menino Élkeson, já tem oito gols no Brasileirão, o mesmo número de gols do Andrezinho.

E são gols de todos os tipos. De letra, de cabeça, driblando e chutando no canto, de fora da área. Estava vendo o jogo da Seleção Brasileira ontem e reparei que o time de Mano também joga sem atacante fixo, o chamado centroavante. Com Hulk se movimentando pelos lados e três meias vindo de trás, Neymar, Oscar e Lucas.

Esse é o futebol moderno, que está sendo adotado no Botafogo. Por falar em Seleção a própria convocação do lateral Lucas, do Botafogo, é um exemplo de que estamos reclamando de barriga cheia. Li muita gente criticando o garoto dizendo que não era jogador para um time grande como o Botafogo.

Agora ele tem o reconhecimento do técnico da Seleção Brasileira. Temos de parar com essa história de que o paraíso são os outros. Temos mais é que apoiar o nosso time. Pois enquanto ignoramos nossa esposa, mulher, namorada ou ficante, tem gente de olho nas maravilhas que elas podem e estão fazendo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Seedorf é como o Botafogo e o Botafogo é como a vida

Foto: Gil Leonardi/ Lancenet
Seedorf incorporou o espírito botafoguense

Na vida algumas vezes nos dá vontade de desistir. Mas como diria Renato Russo: “Viver é foda, morrer é difícil!” Ontem, antevéspera do Sete de Setembro, no jogo do Botafogo diante do Cruzeiro no Estádio Independência, eu por um momento cansei. Perdi a paciência com o time, que não criava nada, não dava um chute a gol.

O placar já estava 1 a o para o Cruzeiro e eu procurava explicações para o Botafogo ter tomado o gol. Seria a falta de Jéfferson? Será que se o nosso goleirão estivesse em campo teríamos tomado aquele gol? Por que o Tinga foi fazer o seu primeiro gol com a camisa do Cruzeiro logo contra o Botafogo? Minha irmã fica com raiva e comenta sobre o cabelo rastafári do jogador do Cruzeiro. Logo mais voltaremos a falar disso. Porque o Cruzeiro voltaria a atacar pelo lado direito defensivo do Botafogo e quase marcaria o segundo gol. A bola passaria rente à trave.

Eis que Seedorf aparece. Ele aproveita um lançamento quase passe milimétrico de Fellype Gabriel e acerta um sem pulo sem deixar a bola cair. A bola vai de mansinho no canto do goleiro Fábio. Mais alguns minutos e Seedorf se antecipa a uma dominada de bola errada de Fellype Gabriel e acerta um chute forte no mesmo canto direito do goleiro cruzeirense.

Pronto. As elocubrações ora levantadas haviam caído por terra pelo destino, que trazia bons fluídos para o Botafogo. A vitória ainda não estava certa. Ela veio no segundo tempo. Após uma arrancada de Seedorf, que deixou Leandro Guerreiro para trás com um toque na bola e cruzou para o menino Jádson marcar o seu primeiro gol pelos profissionais do Botafogo.

Aí os porquês ficaram explicados. Era isso que Deus queria. Nos últimos dois jogos, a sorte voltara para o nosso lado. E agora explico o porquê do título. No Globo Esporte de hoje, Seedorf fala que havia errado três passes e tinha que entrar no jogo. Assim é o Botafogo, assim é a vida. As pessoas precisam ter paciência. Não podem desistir quando as coisas não estão dando certo.

Após a derrota de goleada para o São Paulo tinha dito que a minha paciência tinha acabado. Achava que Oswaldo não tinha mais clima no clube. Mas a equipe deu provas de que a diretoria estava certa em ainda apostar no técnico. Duas vitórias importantes, que colocam o time novamente na briga por alguma coisa no campeonato.

Para terminar, devo lembrar de uma coisa que o amigo botafoguense Gustavo Smiderle, eterno colaborador do blog, me disse quando o Seedorf foi contratado. Que o Botafogo ia jogar por música. Ele brincou: “Dó, ré, mi, fá, sol, lá Seedorf!”. E ontem, realmente, o Fogão jogou muito. Com Fellype Gabriel no primeiro tempo e Seedorf e Andrezinho no segundo.

Andrezinho, também de trancinhas, aliás fez uma comemoração interessante no segundo gol. Dançou ao ritmo do reggae, que desconfio ser um ritmo do qual o surinamesco naturalizado holandês gosta. Então ontem foi o dia da música, que ficou famosa com Bob Marley, da Jamaica, hoje mundialmente conhecida por conta de Usain Bolt.

Agora finalizando mesmo deixo vocês com os versos traduzidos de “Is This Love”: I wanna know, wanna know, wanna know now (Eu quero saber, quero saber, quero saber agora)/ Is this love, is this love, is this Love Is this love that I'm feeling? (Isto é amor, isto é amor, isto é amor. Isto é amor que eu estou sentindo?)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Túlios, Jóbsons e Locos

Foto: Wagner Meier/ Estadão
Túlio é idolo até de quem nunca o viu jogar pelo Botafogo


Dia de jogo e meu pai diz que quando a expectativa é grande o Botafogo não ganha. Sempre temos dificuldades diante do Cruzeiro fora. Mas o assunto aqui é a falta de um atacante matador, por mais que o Élkeson esteja marcando seus golzinhos. Já são seis e poderia ser mais se ele não tivesse perdido um pênalti na última partida. O porquê do título da postagem?Pois são os jogadores, um que temos à disposição; e outros que podemos ter de volta.

Vamos começar pelo Túlio. Jogador veterano, de 43 anos, mas com uma forma física invejável e que sabe fazer gols como ninguém. Ele mesmo já disse que não quer jogar profissionalmente, só amistosos e jogos festivos em busca do milésimo. Mas bem que poderia ser aproveitado e espero que vá ao menos em jogo à vera pelo Brasileirão, naquele que poderá ser e será o jogo do milésimo.

Jóbson. O novo locutor da Rádio Globo, o botafoguense Luiz Penido, que substituiu o tricolor mais flamenguista José Carlos Araújo, postou em seu Twitter que Jóbson já estaria reintegrado ao elenco do Botafogo. A diretoria faz doce e não confirma. Não quer dar o braço a torcer e assumir que o tal planejamento foi mal feito. Jóbson pode sim ser solução para o ataque botafoguense. Trata-se de um belo jogador e que já deu provas de seu amor pelo clube.

Sobre Loco, ele só fez cinco jogos pelo Figueirense – já havia feito dois pelo Botafogo – mas o presidente Maurício Assumpção, que já começo a ficar com raiva dele, disse que não pode quebrar o acordo com o clube catarinense. Mas como? Se o próprio Figueira não está colocando Loco para jogar, depois que o uruguaio beijou o escudo do Botafogo no jogo contra o Flamengo? Falaram que depois do jogo da Celeste ele poderia voltar, mas depois dessa declaração do presidente desanimei.

Enquanto isso, eu, assim como a diretoria, vou “mapeando” o mercado na Série B. Ontem vi Vitória 2 x 2 Criciúma e o jogo entre Goiás e Ceará, que até onde eu vi estava 0 a 0. No Vitória vi Willian, aquele que jogou no Santos e no Avaí e que gosto muito. Zé Carlos fez mais um gol pelo Criciúma. Élton, ex-Vasco e Corinthians, também no Vitória, que chegou a ser cotado, gostava dele mas definitivamente vi que é muito grosso. Quem eu gostaria de ver no Botafogo é o Iarley, que está novamente no Goiás. Apesar de meu pai falar que ele está velho. Sempre gostei dele, principalmente por um golaço que fez num final de jogo contra o Flamengo. E ontem soube pelo Programa “Loucos por Futebol” da ESPN, que o Iarley está na lista dos 100 maiores jogadores do Boca Juniors, da Argentina. Mas será que estes são melhores do que os nossos Túlios, Jóbsons e Locos?

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Deu orgulho de ser botafoguense

Poderia dizer que caímos de pé, mas isso é coisa flamenguista quando é eliminado da Libertadores. Devo dizer que deu orgulho de ser botafoguense. Minha mulher diz que o Botafogo não me dá nada, que eu não ganho nada com o Botafogo. Pois eu digo que o Botafogo dá sentido à minha vida. Para se viver é preciso que a vida tenha um sentido. E esse sentido para mim é o Botafogo. Mas vamos deixar de pieguice e vamos ao que interessa.

No jogo de ontem, o Botafogo foi o Botafogo que gostamos de ver. Partindo prá cima, buscando o gol a todo custo. Pena que no momento do vídeo azarento, vindo de Mossoró-RN, com a música “Ninguém Cala”, tomamos o gol. Já havíamos marcado com Seedorf, depois ampliamos com Renato e Lodeiro, que entrou muito bem, mudando a partida. Foi por pouco. Não deu. Fomos desclassificados e não é conversa de perdedor, mas achei melhor assim. Agora poderemos nos focar no Brasileirão.

Domingo teremos o clássico contra o arqui-rival Flamengo. E já está na hora de acabar com esse tabu, que dura mais de 10 anos sem ganhar deles pelo Brasileiro. O time ganhou a torcida com a dedicação e entrega de ontem. Vamos com moral para o clássico. Antônio Carlos se machucou e é dúvida, assim como Rafael Marques. Estávamos com problemas nesses setores, que são defesa e ataque, mesmo e, quem sabe, quem entrar dê conta do recado.

Melhor rodada do campeonato

O Botafogo ganhou e o Flamengo perdeu. Não bastasse isso. O Fluminense, que está acima, empatou com o Cruzeiro, que foi ultrapassado por nós. O Grêmio perdeu para a Portuguesa em casa, que vingou o Brasileiro de 96. O São Paulo também perdeu (3 a 0 para o Náutico). Subimos e voltamos ao sexto lugar. O que prova que não estamos tão mal das pernas assim.

Sobre o jogo, a entrada de Rafael Marques, deu outra gás à equipa. Foi Rafael Marques que fez o lançamento para o gol de Élkeson. Depois o mesmo Rafael Marques fez uma jogada que resultou na perda de bola do adversário e arrancada de Seedorf para o gol, o segundo dele no Botafogo. Mas o problema é que Rafael Marques não joga de centroavante. E continuaremos com esse problema. Mas não é hora de reclamar. É hora de comemorar!

Fábio Ferreira, por incrível que pareça, jogou bem. E Renato, que se escondeu boa parte do jogo, como vem fazendo, saiu vaiado pela torcida. Cidinho é menor do que o número na camisa, mas às vezes faz umas jogadas bonitas, o que empolga a torcida, que apesar da vitória não poupou o técnico Oswaldo de Oliveira, que vai se segurando no cargo.

Ainda tem muito campeonato pela frente. No domingo enfrentamos o líder Atlético Mineiro, jogo esse que será às 16 horas e será transmitido pela Globo do Luís Roberto, que fez questão de no final da transmissão de ontem destacar que o Flamengo tem um jogo a menos. O Galo também perdeu ponto na rodada - empatou com o xará goiano fora. Estamos há 12 pontos deles e podemos começar a tirar a diferença domingo. Nesta quinta temos de secar o Inter contra o Corinthians no Pacaembu e o Vasco contra o Coritiba em São Januário.

Vamos Fogão! Dá para ser campeão!

Tá fogo? Sorria!

Não gosto e não costumo postar em dia de jogo. Fiz isso domingo e apenas empatamos com a Portuguesa, tudo bem que fora de casa; mas com todo respeito à Portuguesa, a Portuguesa é a Portuguesa. Do técnico Geninho, que após empatar com o Flamengo disse que nunca mais pegaria um Flamengo tão debilitado. Poderia ter dito a mesma coisa do Botafogo. Nunca mais pegaria um Botafogo tão debilitado.

Estou falando isso por que em 2010 na semana da decisão do Carioca contra o Flamengo, fiquei a semana toda sem nem mesmo ler uma notícia sobre o Botafogo nem assistir programa esportivo. Deu certo. O Botafogo ganhou o Flamengo com dois gols de pênaltis, cobrados por Herrera e Loco Abreu; e Jéfferson ainda defendeu um pênalti de Adriano. E fomos campeões, no que foi nosso último título, sem contar Taças Guanabaras e Taças Rios, que se tornaram constantes nos últimos anos, mas que para mim não podem ser considerados títulos.

Pois bem. Depois desse nariz de cera, digo porque me inspirei para escrever hoje (quarta-feira, 15), dia do jogo contra o Sport no Engenhão, às 21 horas, jogo esse que a torcida não deverá comparecer em bom número pelo horário ingrato que é. Enfim, vamos aos finalmentes.

O Globo Esporte de hoje me fez morrer de ri com o quadro “Chico Torcedor”, que soube há pouco tempo que é filho do Sidney Rezende. Procurei o vídeo no site do Globo Esporte, mas ele ainda não está disponível – quando estiver vou postar aqui prá vocês.

No quadro, torcedores, sempre interpretados pelo Chico, de Flamengo, Vasco e Fluminense discutem – peguei o quadro do meio pro fim e não sei dizer exatamente o quê, mas acredito que seja sobre quem tem o melhor artilheiro do campeonato, já que Vágner Love, Alecssandro e Fred estão empatados na artilharia do Brasileirão com oito gols cada.

Aí entra Chico vestido de Loco Abreu, com a camisa do Figueirense, o cabelo comprido e de barba, falando. “Ustedes tienes que abrar!”. No que vem uma pessoa, que parece um segurança, de terno preto, também interpretado pelo Chico, e diz que a conversa está restrita a torcedores de times cariocas.

E Loco levanta a camisa do Figueirense e mostra uma camisa azul por baixo com o escudo do Botafogo, beija o escudo e diz: “Eu sou Botafogo!”. E o segurança responde: “Mas o Botafogo não tem ataque!”. E Loco: "Oooswaaaaldo!"

Como diria o campista Evaldo Braga: "Sorria (...) que o dia será bem melhor!"

Vou constatando o óbvio ululante e torcendo para que todos, incluindo eu, queimemos a língua daqui prá frente!

sábado, 16 de junho de 2012

O surpreendente Botafogo!

Jogo ganho, 2 a 0. Ou é placar perigoso? Para o Botafogo é. Que toma a virada. Leva três gols em seis minutos de um time que ainda não tinha feito gol no campeonato. Jogo perdido, 2 a 0 contra. Um jogador do time adversário é expulso. O time busca o empate, mas um jogador do seu time é expulso. O técnico improvisa um meia na lateral e esse meia atrasa uma bola, o goleiro refuga e sai atrasado. O time leva o gol. Mais uma derrota.

Próximo jogo contra o time considerado o que tem um dos melhores elencos do Brasil, difícil de ser batido em seus domínios. O Botafogo sofre o gol em mais uma falta de atenção da zaga. E quando tudo parecia perdido. Quando a gente pensava em desistir. O jogador o qual eu vinha criticando, que não vinha fazendo nada até aqui, diz a que veio e marca um golaço contra o seu ex-clube. Numa cobrança de escanteio, esse mesmo jogador “briga” com a bandeira de escanteio, enrola para fazer a cobrança e quando a faz coloca na cabeça de um jogador que parecia que iria sair depois de parecer ter se machucado sozinho num lance.

Antes do gol da virada e da vitória, o jogador que havia atrasado a bola no último jogo que resultou no gol da derrota, sofre um pênalti claro, que o juiz não marca. Detalhe que minutos antes, o mesmo juiz num lance parecido consultou o auxiliar da linha de fundo – pela primeira vez isso aconteceu e tinha de ser contra o Botafogo – para não marcar o pênalti, que realmente foi fora da área. O primeiro pois o segundo existiu.

Fim de jogo e vitória do time alvinegro, a segunda fora de casa. Com esses resultados o time recuperou-se das derrotas, a primeira em casa, quando tinha o jogo ganho e a segunda contra um time fraco fora, quando parecia que ia ganhar o jogo. Com mais a primeira vitória, também de virada, o time chega no primeiro quarto da tabela e dá a impressão que vai brigar por alguma coisa nesse campeonato. Esse é o Botafogo! Surpreendente como sempre. O time que tem feito os jogos mais emocionantes do campeonato. Do jeito que a gente gosta. Do jeito que a gente conhece.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

De Sonjas e Fernandas

O Garambone já escreveu um texto poético e duvido que o meu fique melhor. Mas vamos lá. Para quem não sabe, Sonja foi a gandula que chorou em 88 quando o Botafogo perdeu para o Vasco. O time da estrela solitária já ia para 21 anos sem títulos e a seca parecia que ia durar anos. Pois depois que Sonja chorou o Botafogo não mais perdeu e acabou campeão invicto de 89 sobre o Flamengo, com aquele gol de Maurício que todos lembram. No domingo passado, uma situação nos remeteu àqueles anos de sofrimento e glória. Conhecemos a gandula Fernanda, mesmo nome da minha irmã que, assim como eu, era flamenguista e virou botafoguense. Fernanda foi uma das personagens da final da Taça Rio em que o Botafogo venceu o Vasco (olha ele aí de novo) por 3 a 1 e ficou com o título. Ela que devolveu rapidamente a bola para Maicosuel, que bateu o lateral para Márcio Azevedo, que com um leve toque de cabeça ganhou do adversário e cruzou para o primeiro gol de Loco. Na segunda-feira (30), Fernanda foi ao Globo Esporte (soube avisado pela minha esposa, que enveredou-se a cantar o hino do Glorioso). E nesta quinta, para minha surpresa, ela estava no “Mais Você”, programa da Ana Maria Braga. Fernanda fez tanto sucesso que o botafoguense Márcio Guedes, do Jornal O Dia e da ESPN, chegou a chamá-la de “gostosa”. Isso mesmo. Para tirar a prova basta ver as fotos sensuais que ela fez para o Musa do Brasileirão. Uma oportunidade para trazer de volta à tona a Sonja, se não é que já não o fizeram – eu ainda não vi. Só o Botafogo mesmo. Por isso que dizem que “Há coisas que só acontecem ao Botafogo”.

O time da moda

O comentarista do SporTV 2, que transmitiu a partida entre Vitória e Botafogo ontem (quarta-feira, 2) pela Copa do Brasil afirmou estar surpreendido com o elenco do Botafogo que, mesmo muito desfalcado, arrancou um empate fora de casa com um time perigoso como o Vitória, que sempre joga bem quando tem o mando de campo. André Loffredo destacou o volante Jádson, de 19 anos, como um dos destaques do time. Jádson foi escolhido pelo comentarista da Rádio Globo, Felippe Cardoso, como o melhor em campo. Ainda entraram no jogo Vitinho, jovem promessa da base; Willian, atacante brigador; e o já conhecido Caio. Na falta do Andrezinho, jogou o Felipe Menezes. O reconhecimento tardio de que o Botafogo tem um bom elenco muda um paradigma que há anos vem incomodando os botafoguenses, que não entendiam porque o Botafogo era tão desprestigiado pela imprensa. Depois da Era Cuca, que teve seu auge em 2007, o Botafogo nunca mais foi respeitado pelos “catedráticos”, que insistiam em criticar principalmente o elenco do time da estrela solitária. Diferente dos adversários, técnicos e jogadores, que sempre respeitaram o Botafogo, dizendo que trata-se de um time difícil de se jogar. Fred, do Fluminense, adversário de domingo, chegou a dizer que o Botafogo é o time mais difícil de se jogar. Entre jogadores e técnicos, é unanimidade que o Botafogo é osso duro de roer. Agora, com essa declaração do André Loffredo, quem sabe outros comentaristas não comecem a enxergar o Botafogo como esse bicho papão. Paulo Vinicius Coelho, da ESPN, um dos que mais elogiava o time da Era Cuca, já disse que respeita times invictos. “Alguma coisa tem”. Deve ser por isso que o Botafogo começa a ganhar uma aura diferente. De time imbatível até certo ponto. Por que o Barcelona já perdeu a invencibilidade. Nos principais campeonatos nacionais de fora, só a Juventus mantém-se invicta. Criticam o Botafogo pelo número excessivo de empates (11), mas a Juve já empatou 15. Guardadas as devidas proporções, tanto para cima como para baixo, um dos últimos invictos do Brasil caiu ontem, que era o Quissamã, da Série B do Rio. Considerado o Quissamáquina foi derrotado pelo Mesquita por 2 a 1. Até então, o Quissamáquina tinha uma campanha impecável, 14 vitórias e cinco empates. Poderia ter chegado aos 50 pontos mas não conseguiu. Nos próximos 10 dias, o Botafogo terá três jogos decisivos, dois contra o Fluminense, valendo pelas finais do Cariocão; e um contra o Vitória, o jogo de volta das oitavas da Copa do Brasil. Se não perder um destes jogos, poderá sagrar-se campeão estadual invicto e passar às quartas da competição nacional que é o caminho mais curto para a Libertadores. De quebra, igualaria a marca do Flamengo em 2011, que ficou 26 jogos invicto. Aí entraria no Brasileirão com toda a moral. Lembrando que o recorde de partidas invitas pertence ao Botafogo, que ficou 10 meses sem perder no ano de 1979. De patinho feio, o Botafogo pode virar o time da moda.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Procura-se um novo ídolo

Na quarta-feira(29), o Botafogo enfrentará o Americano, às 19h30, no Estádio Godofredo Cruz, em Campos, pela 1ª rodada da Taça Rio. E não terá seu ídolo Loco Abreu, que estará servindo à Seleção Uruguaia no amistoso contra a Romênia, em Bucareste. O fato de Loco não jogar em Campos me levou a pensar no que será do Botafogo sem ele. O botafoguense Márcio Guedes, em sua coluna de sábado no Jornal O Dia, já alertava que Loco está em fim de carreira. Com 35 anos- vai fazer 36 este ano – não deve jogar por muito mais tempo. Aí eu pergunto a vocês: quem será nosso ídolo quando o Loco se aposentar? A decepção pela eliminação da Taça Guanabara nesta quinta para o Fluminense só não foi maior porque sentia que uma hora o tabu contra nosso freguês ia acabar (Nos últimos anos sempre temos eliminado os flor). Eles ainda continuam com um jejum de vitórias em clássicos. O pênalti desperdiçado por Loco, o terceiro do ano passado para cá, pode ser um sintoma de que ele já não é mais o mesmo. A sua contusão ainda não foi bem explicada. Mas voltando à pergunta do final do segundo parágrafo. Devemos lembrar que Túlio Maravilha voltará ao Botafogo quando estiverem faltando sete gols para ele marcar o milésimo. Aí eu pergunto também: Até quando vamos viver do passado? Os antigos lembram Garrincha e nós nem tão novos assim insistimos em idolatrar Túlio, que também está em fim – e bota fim nisso – de carreira. A esperança – e no futebol sempre resta alguma – é que Jóbson – que poderá jogar depois do dia 6 de março – mostre todo seu bom futebol e nos faça feliz. Quem sabe ele, enfim, se torne nosso novo ídolo. Sei que essa análise pode não ser oportuna e não refletir a realidade por conta da cabeça inchada por ontem ainda, mas trata-se de um assunto – a futura carência de um ídolo – que precisa ser colocado em pauta. Prá terminar, quero dizer que não poderia mesmo o Botafogo sair vitorioso ontem, afinal a camisa 7 não entrou em campo. Com Maicosuel lesionado e suspenso, a mística camisa alvinegra foi esquecida. E sem ela, o Botafogo não é Botafogo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O Botafogo e as Ditaduras

O Botafogo e sua torcida foram os que mais sofreram durante a Ditadura Militar Brasileira. De 1968 – ano da publicação do Ato Institucional Nº 5 – até 1989 – ano da primeira eleição direta para presidente da República – o Botafogo ficou sem ganhar um título oficial. O ano de 68 foi tão barra que o título da Taça Brasil, reconhecido como Campeonato Brasileiro recentemente, só viria a ser conquistado em 1969. Em 89, pouco antes de Collor se eleger depois de derrotar Lula no segundo turno, o Botafogo poria fim a um jejum de quase 21 anos sem gritar “É Campeão”! E foram várias as oportunidades de soltar o grito de “É Campeão”. Em 1971, o Botafogo seria campeão carioca se não fosse roubado na final contra o Fluminense. No mesmo ano chegou à final do Brasileiro. No jogo contra o São Paulo, o Botafogo foi muito prejudicado, o que fez Sir Nilton Santos, então dirigente do clube, dar um soco no juiz Armando Marques. Em 1972, o Botafogo chega novamente à final do Brasileiro, mas perde o título para o Palmeiras. O clube segue montando bons times na década de 70 e no final da mesma década chega a ficar dezenas de jogos invictos, o que faz do Botafogo até hoje o dono da maior sequência sem derrotas do futebol brasileiro. Vem a década de 80 e, quando começam as manifestações pela abertura, que queriam geral e irrestrita, mas acontece lenta e gradual; pois lá está o Botafogo. Em 1984, no comício das Diretas Já na Candelária, no Rio de Janeiro, em meio a um milhão de pessoas lá está uma bandeira do Botafogo tremulando. A década já se encaminhava para o seu fim quando o Botafogo pôs fim a mais uma ditadura, a rubro-negra, que impunha às crianças a falácia de um time fabricado para ser unanimidade, com o intuito de formar uma massa burra alheia aos problemas do país. Por tudo isso é que o botafoguense é chamado de “sofredor”. Pois viveu na própria pele as dores da perseguição, tortura e falta de liberdade. Apesar disso, o botafoguense tem o direito, e isso ninguém tira dele, de dizer que seu clube, o Glorioso da Estrela Solitária, foi o que mais cedeu jogadores à Seleção Brasileira, o que mais teve artilheiros do Campeonato Carioca, que teve ídolos, verdadeiros craques, como Heleno de Freitas, Nilton Santos, Garrincha, Didi e Quarentinha.